Pular para o conteúdo principal

Postagens

Destaques

 Entre sonhos e ventos Todos os dias ele acorda às 6 da manhã. Com gosto de cabo de guarda-chuva na boca, não pensa que gostaria de ter a opção de não levantar. Porque não tem. A mulher  continua a dormir encolhida , como se esquivasse de algo invisível.  Com  a mão direita limpa o vapor no espelho redondo do banheiro. E vê. Os olhos meio enviesados dão a ele um olhar de menino. O cabelo sempre curto, aparado, higienizado. Não consegue deixar de olhar para a ponta dos próprios pés, pensando que talvez um dia não os enxergue. Exatamente as 6h 30 ele desce para a cozinha e toma um café com leite, pão, geléia e manteiga. Distraidamente pega uma fruta e coloca num saco de papel.  Confere a máscara de tecido, a face shield, luvas. Abre a porta e sente nas narinas o ar frio do inverno gaúcho. Coloca a máscara e, lentamente, o carro desliza pela rua deserta. Essa imagem o remete à live que assistira na noite anterior, antes de cair ferrado no sono, de cansaço; desejando que fosse sem sonhos,

Últimas postagens

como?

Maria me contou

Maria me contou

Resistiremos

Relógios de sol /Nei Lisboa

Ana

quando parece que não resta mais nada

Quem nunca?

Homenagem a meu único e fiel leitor

As borboletas dentro de mim