Parêntese


Poucas coisas são mais prazerosas e instigantes do que viajar. E as praias do nordeste oferecem tudo o que nossos sentidos engessados por um ano repleto de problemas e pessoas pesadas nos proporcionam. Céu azul,água quente, tranquila. Brisa. Dormir, comer, beber, amar. E contemplar a natureza.

Caminhar sem rumo, apenas respirando, aspirando o perfume da maresia, do sol aquecendo a pele. Cheiro de protetor solar. Cheiro de peixe frito, sensação de cerveja gelada. Pessoas bonitas, lagartixas de beira da praia.

Num parêntese, entre a manhã e o meio-dia, um resgate desesperado.Um pescador mergulhou profundamente para catar ostras e afogou-se. O ar rarefeito, o pulmão explodindo, o desmaio. O resgate apressado, um companheiro, um amigo quem sabe.
Nos detemos por um momento, não muito perto.

Continuamos caminhando e no dia seguinte, quando passamos no mesmo lugar, apenas a praia de águas calmas,lisas, arrumadas, no lugar, estabelecidas.E plena de luz.

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