Amar (o meu)

Sempre gostei desse poema do Drummond; Amar.

"Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?"

Quando ouço o primeiro verso, todos os outros se desencadeiam e se derramam aos meus ouvidos e ao meu coração. É como um ar que atiça meus sentimentos, minhas dores, meus amores. Pelos meus filhos, pelas pessoas a quem amo, em quem penso, de quem sinto saudades. Pelos que foram e pelos que estão. Amor por mim, pela menina que fui um dia e que há tanto tempo me abandonou.

Que pode uma criatura entre outras criaturas senão amar?
Amar e malamar, amar e desamar, amar e perder, amar e sofrer?
E sempre, sempre e sempre amar.

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