Florinda
No hospital, conheci uma mulher, negra, magra, dedos finos, rosto oval, cabelos curtos, alisados, uns quarenta anos. Fala mansa, sorriso bonito. De vez em quando passava a mão pelos cabelos. Nos obrigamos a conversar pela exigência da situação; as duas confinadas numa sala de espera. Perguntei como se chamava. Ela disse, Florinda, mas não gostava do nome, muito antigo. Eu perguntei como a chamavam, se de Flor ou de Linda. Ela disse, Linda. Nunca vi um nome mais apropriado a uma mulher. Eu diria que ela é uma Flor Linda.
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