De princesas e guerreiros

Brilhante. Essa é a sensação que tive ao terminar de assistir o filme A Princesa e o Guerreiro. Filme alemão, cujo nome original é mais interessante: Der Krieger Und Die Kaiserin. E isso talvez porque eu não entenda muito a língua alemã ou porque um filme cujo título que tem princesas e guerreiros nos remetam a contos de fada, a imagens pueris. Sissi ( Franka Potente) ou a Lola, do Corra, Lola, Corra, personifica as milhares de pessoas cuja vida medíocre revelam a ausência da felicidade. Quando parecia que nada aconteceria de bom em sua vida e que nada mudaria a triste rotina de enfermeira em um manicômio, ela conhece Bono (Benno Fürmann), que é responsável pelo atropelamento dela. Mas....sempre tem um mas, pelos menos nos filmes. Ele a salva da morte e ela fica com um botão do seu casaco na mão. Não sabe quem ele é, nome, email, nada. Tal qual o príncipe da gata borralheira, (em vez do sapatinho de cristal) ela sai com o botão à procura dele. Com a ajuda do amigo cego ela faz a reconstituição do acidente e descobre de onde ele veio. Mas ele não a quer perto de si porque está preso em um castelo invisivel, às suas lembranças, perdas e sofrimentos. Sissi apaixona-se pela imagem do rapaz tentando salvá-la enquanto mostrava profunda tristeza. Ela passa a sonhar com ele e imagina que conseguirá resgatá-lo do mundo em que ele se isolou. Sissi e Beno são sobreviventes de um naufrágio interno. Ela escolhe ser feliz, sobreviver a ela mesma, às suas dores e resgata Bonno das garras dos seus dragões invisíveis de fogo. Um desdobramento físico do guerreiro expulsa o sofredor, deixa-o na beira do caminho e o guerreiro vencedor se rende ao amor da princesa. Como nos contos de fada, eles são felizes para sempre. Mas....(sempre tem um mas) qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Diretor: Tom Tikwer Ano: 2000

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