Um Conto II

Às vezes ela consegue se olhar de fora, como se fosse outra pessoa contemplando a si mesma. E esse distanciamento permite que se veja com tranqüilidade, sem abalos. Vê sua vida como um desenho bem acabado, sem os borrões e as marcas deixadas pela borracha barata que muitas vezes apagou os traços a serem refeitos. Às vezes ela está dentro do seu ventre, como um feto sendo gestado no sofrimento, sem compreender quem é e para que está no mundo.

Comentários

Clau disse…
O texto é muito bom, mas preciso reler, reler e ruminar, antes de efetuar considerações que podem ser inapropriadas.
Lyli disse…
Não sei se é conto ou apenas ruminâncias.......
Clau disse…
Confesso que me sinto em um dilema (como você), ou melhor, tal qual você

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